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A vida nos recompensa… abril 19, 2010

Filed under: Desejos — Manu Parise @ 4:50 pm
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Eu disse esses dias à uma amiga através do orkut aquele famoso dito popular de que “após a tempestade sempre vem a bonança”, é engraçado como pensar nisso nos dá um alívio momentaneo, talvez pela certeza de não há mal que nunca acabe.

No momento mais dificil da minha vida, eu pude ver o quanto meus amigos se importam e se preocupam comigo, pude ver o quanto sou forte para enfrentar o medo e o quanto sou firme para tomar as providencias que se façam necessárias, aprendi que independentemente dos meus medos ou defeitos, nunca ficarei sozinha porque tenho uma irmã maravilhosa a quem eu amo sem ressalvas, porque minhas melhores amigas são minhas confidentes e meus ombros favoritos, porque meus amigos me enchem o saco e me zoam mas no fundo sei que posso contar com eles assim como eles comigo!

Depois de tudo o que eu vivi nos ultimos tempos, no último ano para ser específica, tudo o que eu mais quero é sossego, é curtir as coisas da minha vida conforme elas se apresentam… Acho que todos passam pela fase da loucura desenfreada e talvez no fundo seja da minha natureza ir contra os padrões, mas uma hora é preciso parar e tranquilizar a vida.

Não sou mais a moleca que era aos 20 anos, não quero mais ficar perdida pelo mundo aprontando ou ficar solteira para curtir a vida, por que não curtir ao lado de uma pessoa que me faça bem e que me aceite como sou? Por que não dividir todo o carinho e amor que tenho em mim como alguém que me trate com reciprocidade? Por que não me entregar mais uma vez e quem sabe não seja a ultima?!

Perdi minha mãe, mas de repente será que ela não está lá em cima olhando por mim?! Esse presente que eu ganhei, é tão bom que nem consigo entender ou acreditar que seja real… só mesmo com uma ajudinha! Sei lá…

Esse post na verdade não tem nada de filosofico ou rebuscado, são palavras jogadas em uma mente tão atônita e cansada que nem ao menos consegue formular uma cronica de sua propria incapacidade de entender o que acontece.

Não sei se isso tudo vai acabar, não sei se é real (ainda não consigo acreditar 100%), não sei se não ovu me machucar mais uma vez, não sei se dev agir assim ou assado para não assustar, não sei se devo ser a Manuela normal ou se devo tomar certos cuidados… Só sei que tudo mudou da agua para o vinho, só sei que tudo em que eu acreditava foi repensado e questionado por essa mente que exige novas respostas.

Só quero ser feliz, só quero viver uma coisinha breve e delicada que se chama vida e ter nela amor, saúde, paz, alegria, brigas, reconciliações e tudo o que lhe é intrínseco. Tudo o que quero é amar e ser amada, ser feliz… ter uma familia… um cachorro… Quem não quer isso lá no fundo?!

Eu estou sim boba, de um jeito que nunca fiquei, confesso! Mas estou tãoooo feliz que nem cabe em mim… Estou absolutamente apaixonada e espero que isso dure e amadureça!

Não importa quanto perdemos, sempre surge algo para nos fortalecer e alegrar, a vida semre nos recompensa de alguma forma! Naquele que certamente seria o pior aniversário da minha vida eu recebi um presente maravilhoso… Que ironia!

ai ai….

(Mãe continua olhando por mim… está funcionando até agora!)

 

Admirável notoriedade (Ou anonimato) março 18, 2010

Estive pensando em como é engraçado esse contexto de admiração, às vezes conhecemos uma pessoa há anos e não a admiramos e alguém que conhecemos ontem nos causa tamanha admiração que fica dificil não expressar…

É claro que é relativo, pois cada indíviduo tem seus aspectos próprios que mais nos atraem ou afastam, cada um gosta de coisas diferentes é claro! Mas já me peguei, algumas vezes, admirando em alguém aspectos que antes me incomodavam e é impressionante como as atitudes das pessoas nos fazem ver as coisas sob uma nova perspectiva.

Aprendi a apreciar indivíduos com características bem fortes e marcantes, pessoas que falam o que pensam sem medo de serem julgadas, pessoas que fazem o que tem vontade independente dos obstáculos, como é bom conversar com pessoas eloquentes, como é bom ler textos bem escritos nos blogs dos amigos, como é maravilhoso conviver com pessoas espontâneas que fazem piadas das adversidades e não se deixam abater. Que se esforçam para atingir seus objetivos, mesmo que não sejam tão louváveis assim…

Às vezes detalhes ínfimos já são por sí só o tempero dessa admiração que tende a crescer a cada pequeno gesto, a cada pequeno olhar, uma frase bem colocada, um sorriso silencioso, um afago despreocupado… Mensagens inesperadas de bom dia!

Não sei se sou neurótica – é bem provável! –  mas às vezes fico triste quando o celular não toca, quando não tem mensagem, quando o msn está sem nenhuma janelinha aberta, acho que nesses momentos me sinto realmente solitária. É tão bom receber, quando menos esperamos, aquele sinalzinho de mensagem no celular, não importa se é um “bom dia”, um “oi tudo bem?”, o que importa é a lembrança, o fato de naquele momento, passarmos despreocupadamente pela cabeça de alguém que realmente e singelamente se importa.

Mais gostoso ainda é quando esse remetente da mensagem é alguém a quem consideramos – por preconceito admito – improvável de fazê-lo. Tão bom ser surpreendido com ações provenientes de pessoas que não podíamos imaginar.

O engraçado é que justamente, são nesses momentos que conhecemos as pessoas, nesses momentos percebemos a essência de cada ser humano, através dos pequenos sinais aos quais estão aptos a transmitir. E esses sinais são tão importantes.

Os sinais são fundamentais para as relações humanas, nos mostram o momento certo de avançar e o momento ideal para “pisar no freio”. Nos mostra o quanto subestimamos outros indivíduos, nos mostra o quão fracos podemos ser diante da dor ou felicidade alheia.

Sim! Felicidade! Por que ficamos constrangidos diante da felicidade alheia? Por que ficamos constrangidos diante de um casal de namorados se beijando? Por que ficamos constrangidos de sair por ai sem uma companhia, quando na verdade o que queremos é estar sozinhos naquele momento?

O fato é que existem pessoas que incrívelmente despertam nos outros essa admiração, parece que exalam essas qualidades e se tornam pessoas naturalmente interessantes. Conheço pessoas assim! Mais de uma até! É incrível! Conheço pessoas que aonde vão chamam atenção. Os outros olham com encantamento sem nem ao menos conhecer, não que sejam perfeitos, ou façam o tipo impecável, pelo contrário são pessoas normais, com defeitos e qualidades, com características próprias e em particular algumas que até causariam estranheza nos com mente menos aberta.

Mas contrariando as expectativas, o primeiro olhar é sempre de admiração e curiosidade, mesmo que em seguida o comportamento ou a educação não sejam agradáveis como imaginavam. Que inveja! Rs rs…

Eu, particularmente, nunca causei esse tipo de olhar, sempre fui do tipo que atrai primeiros olhares negativos, sempre causei nas pessoas impressões bem diferentes do que sou, sempre ganhei antipatia e as pessoas sempre me taxaram como metida, como aquela garota fresca e chata.

Os amigos que fiz ao longo da vida, sempre precisaram quebrar este tabu inicial e olhar mais atentamente para uma amiga diferente, dedicada e engraçada. Mas em compensação esses amigos são para sempre, mesmo que tenhamos que lidar com a distancia ou outros impecílios.

Existem pessoas, como eu costumo observar, que nasceram para serem amadas por todos, respeitadas, idolatradas, existem pessoas que nasceram para o mundo… Que nasceram para brilhar… E existem pessoas, como eu, que nasceram para poucos e bons, para o anonimato, pessoas que ao longo da vida, são odiadas sem porquês,  e igualmente amadas, pessoas que nunca estão com o saldo positivo, a balança nunca está equilibrada, sempre pesa para um lado ou outro.

Não acredito que isso seja uma questão de gênio ou de características, acho que é mais uma questão de posicionamento! Pessoas como eu, nunca estão em cima do muro e nunca passam a mão na cabeça dos outros, pessoas como eu, são leais e letais! Pessoas como eu, nunca entram na vida de alguém sem trazer um pouco de tempero – geralmente carregado na pimenta – são pessoas provocativas, polêmicas e intrigantes. Estamos sempre à margem das regras. Tripudiamos com elas! Tripudiamos com nossas medíocridades e sentimentos.

Nunca estamos realmente felizes ou realmente tristes e nunca em hipótese alguma nos deixamos realmente influenciar, embora muitas vezes pareça que estamos nos rendendo a isso ou aquilo. Somos tinhosos e persistentes e não exitamos quando o assunto é o que queremos. Firmes e até duros, mas sem medo de chorar tudo o que for preciso.

Mas também, nunca esperem de nós, os tais que nascemos para o anonimato, palavras falsas ou meios sorrisos, nunca esperem de nós imparcialidade ou hipocrisia, somos feitos de sangue quente, de destinos previsíveis, somos capazes de grandes atitudes insólitas. Mas não nos subestimem jamais, pois somos principalmente agressivos quanto aos nossos desejos e incansáveis em nossos ideias. 

Decidam se conseguem conviver com o que somos! Com o que sou!

 

Particularidades… fevereiro 8, 2010

Filed under: Cotidiano — Manu Parise @ 10:06 pm
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Nossa estou cansada demais, trabalhando ininterruptamente durante semanas… Odeio começo de ano, tudo tão corrido, tantas responsabilidades… O pior é fazer um monte de coisas e ainda sentir que faltou algo, que algo não ficou bem feito como deveria ter ficado!

Tá eu sei que sou meticulosa, mas isso não é realmente um defeito, não é?

Minha cabeça está a mil por hora, pensando em trabalho, em projetos, na vida pessoal… Aliás, na TENTATIVA de vida pessoal… Essa semana tive que ouvir que sou idiota e sem vida social, por me dedicar ao trabalho e não me incomodar de fazer horas extras, em pegar freelas para a madrugada…

Mas fazer o que? Se nos empenhando diariamente precisamos suar a camisa e apertar o cinto nas contas, imagina se não correr? Enfim, faço o que posso por meu futuro e principalmente por minha família…

O que fazer no carnaval?

Sem idéias…

Vou dormir… amanhã posto algo realmente interessante, mas hoje minha cabeça está complicada… rs rs…

Uma musiquinha para todos…

 

O que desejar? e como desejar? janeiro 29, 2010

Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta,
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta…

Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra…
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra…

Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios de teu leito,
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito.

Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escumilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!

Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro…

Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de langor!

Meu Desejo – Álvares de Azevedo (Lira dos Vinte Anos {Lendo no presente momento})

Desejos, planos, anseios, o quanto fazemos tais aspirações e o quanto precisamos mudá-las durante a vida?

Quando tinha 10 anos, desejava ser maior de idade, quando era maior de idade desejava voltar aos 10 anos, desejei ter um cachorro e não pude, desejei encontrar uma pessoa legal e encontrei várias, desejei tantas coisas e tantas eu consegui e outras tantas eu deixei de desejar antes mesmo de tentar batalhar por elas.

O desejo é efêmero, o desejo é volátil, deixa-nos sedentos, insaciáveis, não pensamos muito em como obter, só pensamos no sublime momento em que podemos dizer que é nosso.

Quando falo de desejo penso mais do que o desejo em possuir objetos, falo no desejo que emana de dentro de nós de uma forma exponencial e que acaba aparecendo em todos os âmbitos de nossa vida.

Anseios são mais modestos, eu considero que estão entre o desejo e o plano, talvez seja um desejo mais concreto, ansiamos por atitudes, ansiamos por experiências que sabemos que um dia serão vividas por nós, ansiamos para hoje algo, mesmo sabendo que só poderemos concretizar daqui alguns anos, os anseios não são efêmeros, são apenas adiáveis, são elásticos, podemos nos dar ao luxo de atrasá-los em detrimento de outras coisas em nossa vida.

Mas planos, são sérios, fundamentados e fomentados por estruturas sólidas e conhecimentos concretos da nossa realidade, os planos exigem que batalhemos diariamente, nos exigem esforços, nos exiges economia, dedicação, superação e principalmente determinação. Planos não são para hoje ou para amanhã, planos são para um prazo determinado e exigem disciplina. No entanto quando deixamos de concluir um plano ou botá-lo em prática, nos sentimos derrotados e dependendo de nosso “estado de espírito”, podemos sucumbir ao desespero.

Então eu me pergunto, O que desejar e como desejar?

Acredito que devemos desejar as pequenas coisas, desejar as pequenas alegrias e sutilezas cotidianas, não desejar o impossível, desejar o que podemos obter mesmo que seja com muito esforço, não esperar o príncipe (ou princesa) encantado (a), mas sim alguém que nos faça feliz, que nos compreenda, alguém com quem possamos dividir planos, planejar junto, deveríamos desejar amigos com quem pudéssemos discutir sabendo que no dia seguinte haveria um sorriso nos esperando, amigos que nos ouvissem e que confiassem a nós seus mais íntimos medos.

Deveríamos desejar uma família imperfeita, porém, unida, e não o estereótipo da típica família americana com papai, mamãe, filhinha, filhinho, cachorro e um utilitário na garagem. Deveríamos desejar uma profissão que nos trouxesse prazer e satisfação pessoal e com isso viria o dinheiro e a tranqüilidade financeira, mas nunca desejar uma profissão pelo salário que ela paga.

Deveríamos amar sem esperar algo em troca, amar por amar, amar a simplicidade, a paz, amar o conforto de uma vida estável cheia de tudo aquilo que prezamos no fundo, com todo o bem-estar que nos é permitido ter dentro da realidade.

Deveríamos desejar morar em uma casa confortável que fosse nossa e que comportasse a família que tanto amamos e não uma mansão onde ninguém se sentisse à vontade.

Acima de tudo deveríamos desejar sorrisos brancos ou amarelados, sorrisos nos olhos, pés descalços na grama, banhos de chuva – sem medo da chapinha, roupas gostosas de vestir, um sábado ensolarado, uma tarde chuvosa para deitar na rede e ler um livro, deveríamos desejar ler incansavelmente tudo o que estivesse ao nosso alcance, deveríamos desejar um planeta saudável, filhos felizes, cachorros brincalhões e amorosos, pais companheiros independente de seu estado civil, casais felizes…

Desejemos então aquilo que nos é precioso e que está ao nosso alcance…